Violência e terror marcam disputas territoriais em pleno
séc XXI
Um em cada três países vive em conflito. São
guerras com alta tecnologia e armas nem tão precisas, conflitos tribais e
ataques terroristas.
Três semanas acompanhando imagens de
destruição e desespero em Gaza. Não faz muito tempo, e eram os horrores no
Iraque e no Afeganistão que nos angustiavam. Violência e terror, violência e
ódio por intolerância, para disputar fronteiras e em muitos cantos do planeta,
no século 21.
Leia mais sobre Mundo no G1
O mundo é um lugar perigoso. Neste momento, um em cada três países vive em conflito, e oito nações estão em guerra aberta.
Entramos este ano acompanhando ao vivo a invasão da Faixa de Gaza pelo exército israelense. No Oriente Médio, uma das regiões mais explosivas do planeta, o Iraque, o Afeganistão e, por proximidade, o Paquistão também vivem conflito armado.
Em uma casa, em Paris, 15 estrangeiros aprendem a língua do país que os acolheu. São todos jornalistas, exilados políticos, vindos de regiões de conflito: do Iraque, da Etiópia, do norte da África e do Azerbaijão.
Há nações de conflitos latentes, que vivem com o medo de insurgentes. Como a Argélia, onde Saifal Khayat era chefe de redação de um jornal. Foi calado pelo governo, após denunciar abusos cometidos contra civis, em nome da repressão ao terrorismo.
“Um jornalista, que não pode escrever e não pode trabalhar, está morto. Há uma parte dele que morre”, comenta.
A Argélia vive sob um regime duro, que, para enfrentar radicais islâmicos vive há 16 anos em estado de emergência.
“O petróleo é uma calamidade e uma tortura para os argelinos. O mundo ocidental não questiona o governo, porque eles compram o petróleo e o gás da Argélia e fecham os olhos para a falta de liberdade e democracia”, afirma o jornalista.
No maior país da África, o Sudão, na região de Darfur, mais de meio milhão de pessoas morreram nos últimos cinco anos, sem que o Ocidente tome uma medida para acabar com o genocídio, promovido com apoio do governo, também fornecedor de petróleo.
O combustível está na origem da instabilidade da região do delta do Rio Niger, na Nigéria, que deixou 14 mil mortos e mais de três milhões desabrigados desde 1999.
Para um jornalista iraquiano, foi o petróleo, não combate ao terrorismo, que motivou a invasão americana. Escreveu dois livros condenando o extremismo religioso. Um líder xiita emitiu uma ordem para matá-lo. Ele deixou para trás um programa de TV, no qual tentava aproximar as diferentes facções pelo diálogo, e uma filha de 2 anos - Rose.
A ONU define conflito armado o que mata mais de mil pessoas por ano. Isso inclui o México, com oito mil mortes por ano na guerra do tráfico.
Conflitos territoriais provocam derramamento de sangue longe das áreas disputadas. Os ataques a hotéis e estações de trem em Mumbai, na Índia, há menos de dois meses, foram motivados, segundo a polícia indiana, pela disputa na Cachemira - muito ao norte.
No Congo, acontece uma das piores crises humanitárias de hoje. A disputa tribal mata mais de mil pessoas por dia - de fome, doenças infecciosas e também de morte violenta, no mais primitivo tipo de combate.
As vítimas civis são a marca dos conflitos do século 21: guerras com alta tecnologia e armas nem tão precisas, conflitos tribais e ataques terroristas. Neste século, as guerras não têm mais um front de batalha, ou todo lugar é considerado front.
Na sangrenta Primeira Guerra Mundial, 5% das vítimas eram civis. Hoje, são 75% dos mortos que não têm idade militar ou nunca pegaram em uma arma.
Fonte: http://g1.globo.com/bomdiabrasil/0,,MUL ... ECULO.html
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O mundo é um lugar perigoso. Neste momento, um em cada três países vive em conflito, e oito nações estão em guerra aberta.
Entramos este ano acompanhando ao vivo a invasão da Faixa de Gaza pelo exército israelense. No Oriente Médio, uma das regiões mais explosivas do planeta, o Iraque, o Afeganistão e, por proximidade, o Paquistão também vivem conflito armado.
Em uma casa, em Paris, 15 estrangeiros aprendem a língua do país que os acolheu. São todos jornalistas, exilados políticos, vindos de regiões de conflito: do Iraque, da Etiópia, do norte da África e do Azerbaijão.
Há nações de conflitos latentes, que vivem com o medo de insurgentes. Como a Argélia, onde Saifal Khayat era chefe de redação de um jornal. Foi calado pelo governo, após denunciar abusos cometidos contra civis, em nome da repressão ao terrorismo.
“Um jornalista, que não pode escrever e não pode trabalhar, está morto. Há uma parte dele que morre”, comenta.
A Argélia vive sob um regime duro, que, para enfrentar radicais islâmicos vive há 16 anos em estado de emergência.
“O petróleo é uma calamidade e uma tortura para os argelinos. O mundo ocidental não questiona o governo, porque eles compram o petróleo e o gás da Argélia e fecham os olhos para a falta de liberdade e democracia”, afirma o jornalista.
No maior país da África, o Sudão, na região de Darfur, mais de meio milhão de pessoas morreram nos últimos cinco anos, sem que o Ocidente tome uma medida para acabar com o genocídio, promovido com apoio do governo, também fornecedor de petróleo.
O combustível está na origem da instabilidade da região do delta do Rio Niger, na Nigéria, que deixou 14 mil mortos e mais de três milhões desabrigados desde 1999.
Para um jornalista iraquiano, foi o petróleo, não combate ao terrorismo, que motivou a invasão americana. Escreveu dois livros condenando o extremismo religioso. Um líder xiita emitiu uma ordem para matá-lo. Ele deixou para trás um programa de TV, no qual tentava aproximar as diferentes facções pelo diálogo, e uma filha de 2 anos - Rose.
A ONU define conflito armado o que mata mais de mil pessoas por ano. Isso inclui o México, com oito mil mortes por ano na guerra do tráfico.
Conflitos territoriais provocam derramamento de sangue longe das áreas disputadas. Os ataques a hotéis e estações de trem em Mumbai, na Índia, há menos de dois meses, foram motivados, segundo a polícia indiana, pela disputa na Cachemira - muito ao norte.
No Congo, acontece uma das piores crises humanitárias de hoje. A disputa tribal mata mais de mil pessoas por dia - de fome, doenças infecciosas e também de morte violenta, no mais primitivo tipo de combate.
As vítimas civis são a marca dos conflitos do século 21: guerras com alta tecnologia e armas nem tão precisas, conflitos tribais e ataques terroristas. Neste século, as guerras não têm mais um front de batalha, ou todo lugar é considerado front.
Na sangrenta Primeira Guerra Mundial, 5% das vítimas eram civis. Hoje, são 75% dos mortos que não têm idade militar ou nunca pegaram em uma arma.
Fonte: http://g1.globo.com/bomdiabrasil/0,,MUL ... ECULO.html
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