O Distrito de Colúmbia [onde fica a capital dos EUA] começou a disponibilizar licenças de casamento para duplas de mesmo sexo em março, juntando-se a cinco estados que revogaram a definição legal de casamento entre um homem e uma mulher.
Para Yvonne Moore, quando sua congregação batista do Sul realizou uma “cerimônia de compromisso” lésbico, não foi só algo contra a Bíblia — foi uma traição pessoal.
A traição levou a idosa negra, que havia frequentado a Igreja Batista da Aliança em Washington D.C. durante 37 anos, a processar para que suas doações semanais fossem devolvidas — doações avaliadas em aproximadamente 250 mil dólares.
“Fiquei transtornada — eu dou para a igreja dez centavos de cada dólar. Eu pago dízimos, e eles não respeitaram os membros o suficiente para nos escutar”, disse Moore numa entrevista da CNN publicada na quinta-feira. “Não acredito nessas coisas. Sou uma batista do Sul. A Bíblia fala contra o homossexualismo — não se pode levar isso para dentro da igreja”, disse ela.
Moore diz que frequentou o evento não acreditando que ocorreria em sua igreja, e achou a cerimônia “totalmente repugnante”.
Evidentemente, Moore não é o único membro transtornado com a mudança: a reportagem da CNN menciona brevemente que a congregação perdeu metade de suas famílias por causa do descalabro. Os pastores Christine e Dennis Wiley, porém, foram obstinados em sua decisão de celebrar a união da dupla lésbica.
“Não dá para você simplesmente ler uma Bíblia e pensar que de certa maneira você não dominou a palavra de Deus”, disse Dennis Wiley.
Mais tarde Moore desistiu do processo, embora tenha dito que não voltará mais àquela igreja.
Num encontro anual neste mês, os líderes americanos dos batistas do Sul aprovaram resoluções se opondo à normalização da homossexualidade nas forças armadas e no ambiente de trabalho.
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