segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

países emergentes, como Brasil, podem ajudar a Europa


Miriam Leitão: países emergentes, como Brasil, podem ajudar a Europa, como Brasil, podem ajudar a Europa

Quem enfrenta o superendividamento quer que os países emergentes que têm reservas cambiais altas comprem mais títulos nas nações europeias.

O sinal mais forte de que a economia americana vive um grande problema apareceu há três anos. Há três anos começou essa crise internacional que está mudando completamente o mundo. No dia 14 de setembro de 2008, as autoridades do Tesouro e do Banco Central dosEstados Unidos anunciaram que não salvariam o banco Lehman Brothers. O banco não abriu as portas no dia seguinte, dia 15, uma segunda-feira. E aí começou essa crise bancária e crise de crédito, que foi se desdobrando.
Os governos tiveram de salvar outros bancos, e isso elevou muito os déficits e dívidas dos governos. Os Estados Unidos tinham uma dívida pública de 62% do PIB e agora tem 100% do PIB. Todos os países europeus tiveram saltos na dívida dos governos. Para se ter uma ideia, aIrlanda saltou de uma dívida de 25% para 114%. Isso complica a vida de todos. Inclusive o gasto público tem de ser contido.
E a tese de que os países emergentes, o Brasil incluído, podem ajudar a Europa? Quem enfrenta esse superendividamento, como Itália, Espanha, Portugal, Grécia e Irlanda, quer que os países emergentes que têm reservas cambiais altas comprem mais títulos desses países europeus. Principalmente eles estão de olho bem aberto nos trilhões da China.
Outra esperança dos países é que as remessas de lucros e dividendos de empresas europeias e americanas aumentem. Realmente, do Brasil essas empresas estão remetendo mais dos seus lucros para as matrizes. O “Valor Econômico” de hoje diz que, em doze meses, as multinacionais remeteram do Brasil US$ 34 bilhões.

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