segunda-feira, 21 de outubro de 2013

As estatísticas em Africa, são consideradas com frequencia erradas e tendenciosas

Pesquisadores e economistas começam a interessar-se pelas estatísticas em Africa, que são consideradas com frequencia erradas e tendenciosas. Um elemento do Banco Mundial vai ao ponto de descrever a situação como sendo uma tragédia estatística.
O principal orador de uma conferencia recente aqui em Washington exclamou – “O que é que sabemos de rendimento e crescimento na África sub saariana ?”
O mesmo conferencista referiu que muitos dos dados circulados em documentos oficiais, avaliações e nos media estão errados.
Jerven, um professor universitário no Canadá explica como foi atraído para a descoberta dos erros das estatísticas africanas.
“Muitas actividades económicas não são registadas. Por isso os numeros, as estatísticas produzidas e reproduzidas através das Nações Unidas, do Banco Mundial, não são factuais, mas simples estimativas com uma margem de erro considerável. “
Com muitas economias informais, muitos países Africanos têm cidadãos mais ricos do que aquilo que as estatísticas indicam.
Este ano, o Ghana foi reclassificado como um país de rendimento médio, em vez de um país pobre, isto após ter sido descoberto que o governo e as agencias internacionais tinham  durante anos subestimado o rendimento médio em mais de sessenta por cento.
Por isso o Ghana já não se qualifica para certos emprestimos do Banco Mundial.
Angola, a Guiné Bissau e a Republica Centro Africana são alguns dos países Africanos onde as estatísticas se encontram desactualizadas.
O economista chefe do Banco Mundial para África, Shanta Devarajan, responsabiliza os doadores, e o próprio Banco Mundial.
Por seu lado Jerven sustenta que se trata de um campo onde os economistas preferem utilizar estatísticas em vez de avaliarem da sua qualidade.
“Se disser a um economista que a qualidade dos dados é pobre, no melhor dos casos ele responde com um encolher dos ombros.”
Jerven sublinha que estatisticas incorrectas estão a ser usadas para classificar os países, e para definir novos objectivos de desenvolvimento. Quanto mais áreas cinzentas existirem nos numeros, maior a possibilidade de existencia em termos de corrupção.

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