quarta-feira, 21 de agosto de 2013

Cientistas africanos descobrem fármaco promissor contra malária

Cientistas africanos descobrem fármaco promissor contra malária



Resultados preliminares
Cientistas da Universidade da Cidade do Cabo, na África do Sul, anunciaram o desenvolvimento de um novo fármaco para combater a malária.
O composto, conhecido como MMV390048, pertence à classe das aminopiridinas.
O fármaco mostrou-se promissor no combate aos cinco tipos conhecidos da doença com um único comprimido, tomado uma só vez.
Testes realizados em animais mostram que o microrganismo causador da malária, o protozoário Plasmodium, desapareceu do organismo após uma só dose do produto.
E o medicamento ainda impede que o mosquito Anopheles transmita o mal depois de picar um indivíduo malária infectado.
Erradicação da malária
Os cientistas sul-africanos comemoram o feito: é a primeira vez que uma pesquisa feita na África por pesquisadores locais chega a resultados tão concretos.
Kelly Chibale e seus colegas tiveram financiamento da Medicines for Malaria Venture (MMV), uma organização com sede na Suíça.
Segundo os pesquisadores, com a nova tecnologia, eles esperam que, em duas ou três décadas, possa ser possível erradicar a malária em todo o mundo.
A série das aminopiridinas foi inicialmente identificada por cientistas da Universidade de Griffith, na Austrália, também dentro dos esforços da MMV para rastrear cerca de 6 milhões de compostos com possibilidade de ação contra a malária.
Os primeiros testes clínicos com o novo fármaco estão agendados para 2013.
Rastros da malária
Em 2010, a Organização Mundial da Saúde, órgão ligado a ONU, registrou 216 milhões de casos em todo o mundo.
malária causa, entre outras coisas, febre, mal-estar, fortes calafrios e anemia. Sem o tratamento adequado, que deve ter início logo após aparecerem os primeiros sintomas, a doença pode levar à morte.
No ano passado, cerca de 1 milhão de pessoas morreram de malária no mundo - 890 mil só na África Subsaariana. No Brasil, 97% dos casos ocorrem na Amazônia. As principais vítimas são as crianças. As autoridades de saúde estimam que, no Continente Africano, uma criança morra a cada quarenta e cinco segundos por causa da malária.

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